domingo, 30 de setembro de 2012

Deixe a Raiva Secar

Mariana ficou toda feliz porque ganhou de presente um joguinho de chá, todo azulzinho, com bolinhas amarelas. No dia seguinte, Julia sua amiguinha, veio bem cedo convida-la para brincar. 

Mariana não podia porque ia sair com sua mãe naquela manha. Julia, então, pediu a coleguinha que lhe emprestasse o seu conjuntinho de chá para que ela pudesse brincar sozinha na garagem do prédio. 

Mariana não queria emprestar, mas, com a insistência da amiga, resolveu ceder, fazendo questão de demonstrar todo o seu ciúme pôr aquele brinquedo tão especial. 

Ao regressar do passeio, Mariana ficou chocada ao ver o seu conjuntinho de chá jogado no chão. Faltavam algumas xícaras e a bandejinha estava toda quebrada. 

Chorando e muito nervosa, Mariana desabafou: Esta vendo, mamãe, o que a Julia fez comigo? 

Emprestei o meu brinquedo, ela estragou tudo e ainda deixou jogado no chão. Totalmente descontrolada, Mariana queria, porque queria, ir ao apartamento de Julia pedir explicações. Mas a mamãe, com muito carinho, ponderou: 

- Filhinha, lembra daquele dia quando você saiu com seu vestido novo todo branquinho e um carro, passando, jogou lama em sua roupa? 

Ao chegar a sua casa você queria lavar imediatamente aquela sujeira, mas a vovó não deixou. 

Você lembra do que a vovó falou? Ela falou que era para deixar o barro secar primeiro. Depois ficava mais fácil limpar. Pois e, minha filha! Com a raiva e a mesma coisa. 

Deixa a raiva secar primeiro. Depois fica bem mais fácil resolver tudo. Mariana não entendeu muito bem, mas resolveu ir para a sala ver televisão. 

Logo depois alguém tocou a campainha. Era Julia, toda sem graça, com um embrulho na mão. Sem que houvesse tempo para qualquer pergunta, ela foi falando: 

- Mariana, sabe aquele menino mau da outra rua que fica correndo atras da gente? 

Ele veio querendo brincar comigo e eu não deixei. Ai ele ficou bravo e estragou o brinquedo que você havia me emprestado. 

Quando eu contei para a mamãe ela ficou preocupada e foi correndo comprar outro brinquedo igualzinho para você. Espero que você não fique com raiva de mim. 

Não foi minha culpa. 

Não tem problema, disse Mariana, minha raiva ja secou. E, tomando a sua coleguinha pela mão, levou-a para o quarto para contar historia do vestido novo que havia sujado de barro.


Desconheço o autor

terça-feira, 25 de setembro de 2012

A Primavera



A primavera chegou 
Trazendo o amor 
E com ela veio a flor
E também a alegria

Preenchendo horas vazias
Saudando a harmonia
Retirando a monotonia

Com seu perfume suave
Ensina-nos como é agradável
Sentir o cheiro do beija-flor
Que possamos recebê-la com carinho
Porque na Terra Ninguém está sozinho

Verinha

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

O Tempo


A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando se vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

Mário Quintana

domingo, 2 de setembro de 2012

A Concha e a Pérola



Para gerar outra vida, a concha recebe a areia, que incomoda, e fere, e magoa, mas que, por defesa e ânsia de criação, a ostra envolve com camadas e camadas de Nácar puro...

(Como proteção, envolve o mínimo grão com sua melhor produção...) E este, ínfimo grão mutante, de mais um entre milhares torna-se único.

Aquele que, burilado pelo tempo e pelo esforço, pelo contínuo trabalho, pelo doar-se constante de sua agora origem, torna-se pérola...

Que se mostra, e vive, e brilha, apenas e tão somente quando a concha se abre...

Ouse, nesta vida, ser concha!
Permita-se, nesta vida, ser pérola!

Quando alguém te magoar ou te ferir, revista-se da mais preciosa jóia de Deus: cubra-se de amor e ternura.

Se seguirmos o exemplo da concha, o ódio não terá como se desenvolver, mais o amor se estenderá e será o revestimento mais belo e precioso que será dado em troca de toda areia da vida que venha nos ferir.

Desconheço autoria