terça-feira, 29 de outubro de 2013

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COLABORA
   
 Se a compreensão já
 se te fez luz nos recessos  da alma, 
reflete nos problemas da fome espiritual.
 Não existiria a delinqüência na Terra,  
em tamanha extensão, não fosse a carência 
de recursos na  sustentação da alma. 
 Indaguemos dos  companheiros 
   internados em sanatórios e instituições 
outras de trabalho reeducativo, 
para tratamento das alterações      
   psicológicas de que são portadores, 
se teriam caso  soubessem quanto lhes 
custaria a recuperação.         
Conheces as estatísticas, referentes às áreas 
do Planeta, ameaçadas pela falta de pão.       
  Medita nas multidões, em todos os setores da         
experiência terrestre que clamam por
 esclarecimento e consolo, segurança e tranqüilidade.     
 Fotografas a presença de certas enfermidades 
no corpo através da radiografia.     
 A biópsia fornece exata notícia do câncer.    
 Quem fará a identificação do desânimo no caráter       
 juvenil ou da tempestade de lágrimas que 
arrasa um coração materno?     
 Sai de ti mesmo e ampara aos que esmorecem
 de  inanição na vida íntima.     
 A fome do estômago grita e agride.       
     A fome do coração, no entanto, é anestesiada pelas   
 sombras da ignorância, quando as sombras da   
ignorância acerca de Deus e da imortalidade        
alcançam as forcas do sentimento.     
   Tolera, serve, eleva e abençoa.       
 Para auxiliar na extinção das trevas de espírito,     
   ninguém te pede espetáculos de grandeza.       
 Basta te disponhas a estender essa ou aquela      
  migalha de amor num raio de luz.
                                                                           
   Meimei

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

O Pássaro Cativo





Armas, num galho de árvore, o alçapão;
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
             A gaiola dourada;
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo:
Porque é que, tendo tudo, há de ficar
             O passarinho mudo,
Arrepiado e triste, sem cantar?
É que, crença, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
             Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:
             “Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que a voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro
             Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
             Tenho frutos e flores,
             Sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola
De haver perdido aquilo que perdi ...
Prefiro o ninho humilde, construído
De folhas secas, plácido, e escondido
Entre os galhos das árvores amigas ...
             Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
             Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade ...
             Quero voar! voar! ... “
Estas cousas o pássaro diria,
             Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
             Vendo tanta aflição:
E a tua mão tremendo, lhe abriria
             A porta da prisão...
                                                         Olavo Bilac
Do livro: Poesias Infantis, Ed. Francisco Alves, 1929, RJ

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Em busca da paz

Quando o esforço é verdadeiro o resultado é profícuo. O universo agradece o empenho nos oferecendo mais possibilidades de trabalho e crescimento.
 O momento então é de paz e assim como o frio do inverno dá lugar às flores e o calor da primavera, a vida reverencia o bom homem que absorve o ensinamento da lida, no esforço do esmero pelo aprimoramento próprio pelo bem comum. 
O crescimento se dá de forma gradual e lenta e quando temos perseverança ele é continuo e intenso. 
A descoberta da vida em nosso interior e o exercício de nossa vontade maior nos leva inevitavelmente ao embate entre a nossa alma e a nossa personalidade e quando este encontro se dá com a submissão da nossa personalidade à vontade maior da alma, tudo de bom acontece. 
Mantendo sempre o equilíbrio, centrando a nossa atenção ao alento que nos alimenta a cada instante, abrimos o campo da nossa consciência e a nossa percepção consegue atingir regiões mais recônditas em nosso universo ubíquo. Mantendo a nossa ligação com a fé verdadeira no Criador nos mantemos distantes das forças involutivas da vida e podemos crescer mais rapidamente. 
Lembremo nos que os tempos estão aí, não sabemos o que pode acontecer nem sabemos para onde vamos. Nos prepararmos da melhor forma para a partida é a única maneira de nos assegurarmos que estaremos prontos no momento certo.

domingo, 6 de outubro de 2013

Tua fé


“E ele lhe disse: Tem bom ânimo, filha, a tua fé te salvou; vai em paz.”
 – Lucas, 8:48.



É importante observar que o Divino Mestre, após o benefício dispensado, sempre se reporta ao prodígio da fé, patrimônio sublime daqueles que O procuram.
Diversas vezes, ouvimo-lo na expressão: – “A tua fé te salvou”. Doentes do corpo e da alma, depois do alívio ou da cura, escutam a frase generosa. É que a vontade e a confiança do homem são poderosos fatores no desenvolvimento e iluminação da vida.
O enfermo, descrente da ação de todos os remédios, é o primeiro a trabalhar contra a própria segurança. O homem que se mostra desalentado em todas as coisas, não deverá aguardar a cooperação útil de coisa alguma.
As almas vazias embalde reclamam o quinhão de felicidade que o mundo lhes deve. As negações, em que perambulam, transformam-nas, perante a vida, em zonas de amortecimento, quais isoladores em eletricidade. Passa a corrente vitalizante, mas permanecem insensíveis.
Nos empreendimentos e necessidades de teu caminho, não te isoles nas posições negativas. Jesus pode tudo, teus amigos verdadeiros farão o possível por ti; contudo, nem o Mestre e nem os companheiros realizarão em sentido integral a felicidade que ambicionas, sem o concurso de tua fé, porque também tu és filho do mesmo Deus, com as mesmas possibilidades de elevação.
Emmanuel

Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Oração São Francisco de Assis

Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.